Sindicato questiona impactos da reestruturação e pede participação ativa da categoria na implementação

A diretoria do SINDJU participou, na quinta-feira (3), de reunião convocada pela administração do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) para discutir a implementação do projeto da Central Integrada de Processamento Judicial (CIPREJ). A proposta prevê a centralização de atividades repetitivas dos cartórios em um núcleo único, com divisão em três frentes: produção processual, atendimento ao público e reforço nos gabinetes. A previsão é que as mudanças comecem em dezembro, inicialmente nas UPJs 2 e 3 (cíveis).  

O SINDJU ouviu a exposição, destacou preocupações e cobrou garantias. Entre os pontos levantados, destacam-se a participação ativa dos servidores na construção do projeto, a manutenção de cargos e remunerações, o combate à sobrecarga de trabalho e a fiscalização das condições de saúde no ambiente laboral. “Os servidores não podem ser meros objetos da mudança. Queremos transparência nos estudos, cronogramas e organogramas”, afirmaram representantes do sindicato.

A diretoria reforçou a rejeição a qualquer medida que resulte em perda funcional ou financeira para a categoria, além de alertar para o risco de precarização. “Nenhuma reestruturação pode servir como pretexto para sobrecarregar ainda mais os servidores, já em déficit crítico”, ressaltou o SINDJU, referindo-se a dados do CNJ. O sindicato também cobrou a nomeação de novos concursados, em vez de remanejamentos, e rejeitou a terceirização de atividades-fim ou a substituição de vagas por estagiários.  

O TJPA se comprometeu a preservar direitos e criar um “Comitê Gestor” com representação e o SINDJU afirmou que acompanhará de perto a efetividade da medida. O sindicato ainda busca respostas sobre critérios de lotação, conversão de funções gratificadas, metas de produtividade e cronograma de participação dos servidores.  

O SINDJU reafirma seu papel como representante legítimo da categoria e seguirá vigilante para garantir que a modernização não ocorra em detrimento dos direitos e da dignidade dos servidores. Juntos somos gigantes.