Grupo discutiu Impactos da digitalização no serviço público e na atuação sindical
O GT tecnologia, trabalho não presencial e saúde da Fenajud realizou uma atividade na última sexta-feira, 7, para discutir os impactos da digitalização no serviço público e na atuação sindical. O SINDJU-PA se fez presente por meio da vice-presidente da entidade, Danyelle Martins, e a reunião contou também com a presença de Christina Colclough, coordenadora do Projeto Global ISP “No futuro digital”, e Gabriel Casanti, coordenador de Justiça Fiscal, Comércio e Digitalização da ISP América Latina.
A digitalização está promovendo grandes transformações tecnológicas e afetando a vida das pessoas em diversos aspectos, e no serviço público, a tendência de digitalização de serviços e processos está em crescimento, o que traz a necessidade de debater como a tecnologia está afetando tanto os servidores quanto o acesso da população a esses serviços.
Durante a reunião, Carolina Costa, coordenadora de Saúde dos Trabalhadores e Previdência da Fenajud, conduziu os trabalhos e destacou a importância de compreender a questão do trabalho não presencial e da tecnologia não apenas no Brasil, mas também em âmbito internacional. Ela ressaltou a necessidade de ter elementos para compreender a realidade e promover debates com sindicatos de outros países, visando a construção de direitos relacionados à digitalização.
Christina Colclough abordou a influência das grandes empresas de tecnologia na vida das pessoas e no mundo do trabalho. Ela enfatizou que é o momento dos sindicatos se reorganizarem diante do processo de digitalização e questionou como usar a tecnologia da informação e quem controla a internet. Colclough ressaltou que a tecnologia está sendo desenhada para as pessoas, não pelos trabalhadores ou sindicatos, e levantou questões sobre os custos e preços dessa conveniência.
Gabriel Casanti destacou o setor judiciário como um dos mais afetados pela digitalização e falou sobre as ações da ISP para auxiliar servidores e sindicatos a enfrentarem essa nova era. Ele enfatizou que a digitalização se tornou um tema-chave para a ISP, especialmente durante a pandemia, e que o setor judiciário é uma prioridade nesse contexto. Nos próximos anos, serão realizados estudos, formações, investigações e projetos voltados para os trabalhadores do judiciário.
Danyelle Martins, dirigente do SINDJU-PA, explica que, segundo informações da ISP, o judiciário é onde mais se percebe o avanço da digitalização e da tecnologia no serviço público brasileiro. “Segundo a nossa perspectiva sindical, existe uma grande resistência por parte do PJ em reconhecer os direitos dos trabalhadores envolvidos nesse processo. Um exemplo disso é o caso do auxílio tecnológico proposto em Pernambuco, que foi vetado pelo CNJ. Nós, enquanto trabalhadores e trabalhadoras, devemos lutar pela garantia dos nossos direitos no novo cenário do trabalho tecnológico, incluindo questões como o teletrabalho, o direito à desconexão e o reembolso dos gastos com a infraestrutura necessária para desempenhar as tarefas, entre outros. Ficou evidente que o momento de agir é agora”, conclui Martins.
								
															
															
								


